sábado, 30 de agosto de 2014

Penso em infinitos, meu bem...

Sabe quando você me perguntou se eu pensava em você? Lembra do que eu respondi? Disse que sim, que você ocupava muitas horas do meu dia. Você não se contentou e quis me deixar um pouco mais embaraçada me perguntando o quê. Tentei te enrolar, trançando meus dedos entre seus cabelos, te beijando o rosto, os olhos, te envolvendo em meus afagos. Por um momento você amoleceu, mas insistiu: o que você pensa? E foi aí que provavelmente eu devo ter corado as bochechas e desviado o meu olhar por todos os seus detalhes tão lindos. "São coisas que não se diz, apenas se pensa...", sussurrei em seu ouvido.
Você me olhou com olhos ferozes e ao mesmo tempo tão serenos, de menino custoso que acabou de fazer arte, mas sabe que nada de ruim poderia te acontecer porque ninguém te resiste.
A verdade é que eu penso tanto sobre você que eu provavelmente teria me embaraçado nas palavras. Eu penso em como seus olhos são claros e ficam ainda mais quando estão fixados nos meus. E em como é bom vê-los. Eu penso em como seu sorriso abre o meu e em como o toque da sua barba é capaz de arrepiar todos os meus fios. Eu penso em minhas unhas passeando pelos traços tatuados das suas costas e te fazendo suspirar de contentamento. Eu penso em como você esbanja charme quando fica bolado com alguma coisa. Eu penso em como tudo está indo tão rápido e em como isso me assusta. E como assusta você também, "macho alfa". E entro em paradoxo quando penso sobre o quanto a sua ausência me perturba. Eu penso em você inteiro, completo, homem e menino.  Eu penso em quanto eu tenho pensado e sentido demasiadamente por você. Penso em infinitos, meu bem... E sinto. Mas isso é outro embaraço.

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