segunda-feira, 1 de junho de 2009

Confiança


Talvez não seja simples entender os motivos do fim da confiança, mais começo a compreender depois de muito pensar que ela ocorre por excesso de nossas próprias expectativas.É em vão qualquer tentativa de entender os mais profundos sentimentos ou razões dos outros se sequer entendemos nós mesmos.Queremos amor, lealdade, sinceridade mas o que ofertamos?

Friedrich Nietzsche dizia algo que me instiga muito: "Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te. "
Não me deixa triste as mentiras em si, mas sim o fato de não entender porque a necessidade delas(espectativas geram frustrações).Tentar reconstruir a confiança é doloroso,a base já é frágil e qualquer sopro pode desmoroná-la mais uma vez.Quem sabe o tempo solidifique de novo esse vidro quebrado, quem sabe algo maior e mais puro... não sei!

Continuo acreditando na capacidade de mudança das pessoas e tenho paciência com o descaso que corrompeu as virtudes mais simples e belas.Meu coração pulsa de desejo e de esperança que tudo seja uma transição e que ao fim estejamos renovados e limpos, prontos para construir um novo tempo.Enquanto houver essa esperança, persisto.

2 comentários:

Lays. disse...

Formamos um time de poucos que ainda tem esepranaça em confiança e em mudança, o resto das pessoas acha mais fácil desconfiar, brigar e se conformar com o salário minino e a poluição do planeta. Mas enquanto existir alguem como nós, o mundo ainda não está perdido.
Belíssimo texto!

Lívia Corbellari disse...

é sempre assim, a gente perdoa mas nunca esqueça, sempre fica desconfiado...

tbm tento ter esperança e nao me conformar com tanta injustiça, mas é dificil em meio a tanta indiferença